10/05/2013

Sobre os cientistas malucos - Über verrückte Wissenschaftler

Por Albany Estrela Herrmann*

Você já percebeu que quase todos os cientistas malucos nos desenhos animados ou filmes são alemães?

Eles são bem exêntricos, de nível acadêmico elevado, vivem isolados da sociedade, cheios de manias como, por exemplo, risadas histéricas e ficam alisando as mãos quando planejam alguma coisa, têm uma aparência desleixada e quase sempre têm um sotaque engraçado…

Os cientistas malucos e suas invenções estão sempre presentes no universo infantil, e claro, posteriormente no universo adulto. Mas qual será esta ligação entre genialidade, loucura e estes esteriótipos? Refletindo um pouco a este respeito, cheguei as seguintes conclusões:
 



Primeiramente se faz necessário falar a respeito do cientista alemão Albert Einstein (1879-1955). Seu nome é considerado um ícone e um sinônimo para gênio. Seus trabalhos teóricos possibilitaram o desenvolvimento de muitas outras invenções.

Outro exemplo marcante de cientista louco no cinema e na Literatura é Dr. Victor Frankenstein personagem do livro de Mary Shelley de 1818 que acreditava na possibilidade de reviver pessoas através de impulsos elétricos.


O que poucos sabem, é que a autora inspirou-se no famoso cientista alemão Johann von Dippel nascido no castelo Frankenstein na Alemanha. Este alquimista inventou o Azul Prussiano, uma das primeiras tinturas sintéticas, e buscava de forma incansável a imortalidade. Por causa dos rumores de que ele fazia experimentos em corpos humanos, a autora criou esta personagem usando o mesmo nome do castelo.
O estereótipo de cientista maluco não é reproduzido somente nos desenhos animados ou no cinema, mas também em vários veículos de comunicação.

Eles são os vilões das estórias na maioria das vezes, usam óculos e um jaleco branco (ou um tipo de uniforme) e possuem um inimigo que querem destruir ou querem dominar o mundo.



Alguns destes personagens fictícios apenas possuem estas características básicas do arquétipo "cientista louco", mas não são malvados. Eles são responsáveis em auxiliar o “mocinho” com suas invenções mirabolantes. Sem a sua inteligência e habilidades tecnológicas, não seria possível vencer o bandido, salvar o mundo e eliminar um perigo iminente.  

Neste momento é que entra em jogo a questão da nacionalidade e da aparência dos cientistas! Basta darmos uma olhadinha nas fotografias dos maiores cientistas na vida real. A Alemanha é um país que possui uma tecnologia de primeiríssima qualidade e é famosa pelo selo de qualidade "made in Germany". O segredo deste sucesso vem, sobretudo, graças à Engenharia e aos grandes inventores como Carl Benz, Robert Bosch e muitos outros que contribuíram para o progresso tecnológico mundial.

Independente da maneira como eles são apresentados: vilões e loucos para alguns, geniais e exêntricos para outros, eles estão presentes em nossas vidas, em nosso cotidiano. Este fato dá-se tanto por meio de experiências particulares da infância, quanto através do acompanhamento dos próprios filhos e das novas gerações. Quem nunca assistiu a um desenho animado que tinha como personagem principal coadjuvante um cientista destes?


Afinal de contas: - De gênio e louco, todos temos um pouco…

* Professora de Português para Estrangeiros na VHS de Stuttgart, Licenciada em Letras Português e Alemão pela Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro e Mestre em Filologia Românica pela Eberhard Karls Universität de Tübingen, Alemanha.

4 comentários:

Deny Hexenschuss disse...

AMEI esse post!
Me fez lembra do Dr. Hans Chucrute do Pica Pau!Ok, ele é médico cirurgiao e nao cientista, mas eu AMO Dr. Hans Chucrute!hehehe

Kalel Pessanha disse...

Prof. Farnsworth do Futurama! EU VEJO TODOS OS EPISÓDIOS!!!!!!!!!!!!

Albany Estrela Herrmann disse...

Lembra que conversamos sobre este tema quando fui visitar vocês? Abracos a todos! Albany :-)

Albany Estrela Herrmann disse...

No Pica-Pau tem vários! Tem o Leôncio que tb tem sotaque engracado, o Hans Chucrute (nem precisa falar nada com este nome, né?) e tem o Grossenfibber (deveria ser Grossenfieber - febre alta - escreveram errado :-)que faz o robô pega Pica-Pau! Eu já tinha esta ideia há muito tempo. Só agora que escrevi o post... Nao importa a idade da gente, sempre vamos curtir estes cientistas malucos rs rs rs :-)