Por Albany Estrela Herrmann*
O
amor é cego? Dizem por aí. Será que é mesmo? Até onde vai o limite que podemos
chegar para estar ao lado da pessoa amada? Ah, essas são as famosas loucuras de
amor, dizem muitos. É deixar o orgulho de lado e passar a funcionar somente no
modo emoção? Amar é sofrer? De uma certa forma sim, pois o amor é uma entrega
total que nos deixa vulneráveis e expostos.
Em
primeiro lugar deve-se identificar se o que sentimos é realmente amor.
Costumamos confundir solidão, dependência psicológica, puro costume e acomodação,
com amor. Está longe de ser! Não se faz necessário justificar o amor. Ou ele
está aí ou não está!
É
comum adiar decisões, fingir para si mesmo que está tudo bem e dizer para si
mesmo que não está tão ruim assim. Coisas do tipo „ruim com ele, muito pior sem
ele“. Tolerar certas coisas a longo prazo por puro medo de ficar sozinho, não
se permitir ser feliz, aceitar e se conformar vivendo de forma passiva este
processo interior de harakiri emocional,
apenas vai prolongar o aceite de uma realidade falida. Este processo de cair na
real e saber o que te faz feliz, demora! Muitos preferem viver no vazio,
desprezado, maltratado, carente, isolado e se anulam com o tempo por completo.
Resignação total!
Eu
acho que acima de tudo devemos verbalizar os nossos desejos, os nossos
problemas e as nossas necessidades. Porém, existem momentos na vida em que
chegamos no final da estrada e o melhor a fazer é nada mais, nada menos, do que
„refazer a rota“. Sei que é um processo deveras complicado e que requer muita coragem...
Normalmente e por comodismo, deixamos as coisas assim como estão. Ou pela casa
confortável. Ou pelo emocional dos filhos. Ou até pela situação financeira que
também faz parte...
E
um dia chega aquele momento em que o dito „amor da sua vida“ passa a mastigar
igual a um cavalo na mesa, ele levanta de manhã peidando e coçando o saco (você
antes achava isso lindo e normal!) e quando ele abre a boca você pensa: - Mas que
diarreia verbal! (So ein verbales Durchfall!) ou você tem a vontade de sair
correndo e fazer igual ao Rei Édipo e furar os próprios olhos com um broche
para não ter que ver aquilo diariamente kkkk.Tudo bem, tudo bem. Eu sou
exagerada, eu sei! Mas vocês têm que admitir que nada mais sobrevive quando se
chega a este ponto! É melhor agir como naquele ditado alemão „melhor ter um fim
triste, do que uma tristeza sem fim“ (besser ein Ende mit Schrecken als ein
Schrecken ohne Ende).
Todas
as borboletas no seu estômago morreram? Se você está triste, insatisfeito ou
decepcionado, vá à luta! Admita acima de tudo que o seu atual relacionamento se
tornou disfuncional! Segue agora uma listagem de sinais de que o fim está
próximo ou que você precisa reprogramar e repaginar a sua relação:
1
– Você se agarra ao que não corresponde exatamente à realidade? Vive de
aparências? Todos pensam que vocês formam um casal 20, mas na verdade não rola
mais nada há um tempão? Ou você acredita em qualquer coisa só pra fugir da sua
vidinha sem graça?
2
– A falta de reciprocidade é comum. Um ama mais do que o outro ou o outro nem
ama mais. Só está ali de corpo presente, nada mais.
3
– Desrespeito com relação ao seu parceiro ou parceira. Verbal ou físico. Mulher
que é xingada e apanha, mas continua em casa. Eu não sei viver sem ele… Sabe
SIM!
4
– Aceitar os defeitos do outro não significa necessariamente engolir qualquer
disparate e aceitar qualquer coisa… Ouvi de uma mulher que o namorado dela
tinha ganhado um vale-motel no valor de cem Reais. A conta deu 170 e ele mandou
ela pagar os 70! Peraí!!! Pára tudo! Pára tudo! Primeiro que vale-motel já me
fez cair no chão de tanto rir e depois ainda mandar ela completar a conta para
dormir com ele? Além de ser miserável e pão-duro, ainda é deselegante! Tem que
estar muito desesperada da vida para aceitar uma vergonha dessas!
5
– Viver refém das próprias carências é um certo mecanismo de defesa,
principalmente da mulher que espera um dia encontrar aquele príncipe encantado
que vai matar o dragão e salvá-la. A esperança nunca morre. Será?
6
– O amor que te sufoca e a pessoa deixa de viver a própria vida e vive a do
outro. Isso não é amor. O nome disso é obsessão! A máxima „penso, logo existo“
significa, entre outras coisas, pensar em mim!!!
7
– A falta de coragem para recomeçar e de declarar o término de uma relação é
comum, mas não é o fim do mundo! Reconstruir uma realidade que vai te fazer
feliz de verdade é a sua maior recompensa! Pense bem: - Faz ou não faz sentido
continuar com isso?
8
– Viramos amigos ou irmãos. Então está mais do que na hora de se repensar a
situação. Ou uma guinada drástica ou uma conversa franca. Pronto!
9
– A falta de interesse sexual ao ponto de nem se sentir mais falta disso, não é
normal! Não mesmo!
10
– Sentir falta daquele agrado, das conversas descontraídas, do carinho sem
motivo e sem hora e preferir passar a ficar sozinho e a „viver uma vida
separada só que junto“? E tem que ser assim? As brigas constantes e a total
falta de comunicação são os maiores indícios de que o fim está próximo ou
alguma coisa precisa ser feita urgentemente!
Se
vocês nunca conversaram abertamente sobre tudo isso, agora está na hora! Avalie
se seu par e você ainda têm objetivos, interesses e sentimentos em comum e se a
sintonia de outrora pode ser resgatada, recriada ou se ela não existe mais.
Identifique tudo que você procura e tudo que seu parceiro/a significa para você
e acrescenta na sua vida. Esta é a opção mais saudável! # Fica a dica!
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E obrigada por visitar meu blog!!!
*
Professora de Alemão (Deutsch als Fremdsprache DAF
certificado do MEC Ministério Alemão - BAMF-Zulassung)
certificado do MEC Ministério Alemão - BAMF-Zulassung)
Professora
de Português para Estrangeiros, PLE na Universidade de Tübingen
Licenciada
em Letras Português e Alemão, Universidade Federal Fluminense RJ
Mestre
em Filologia Românica pela Eberhard Karls Universität de Tübingen e
Doutoranda
em Translation Studies
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